No Marrocos, o cristão Mohamed el Baldi, 34 anos, foi condenado a dois anos de prisão por evangelizar dentro do país. Preso durante uma invasão em sua casa no dia 28 de agosto, o cristão foi condenado em audiência que aconteceu no último dia 03. O motivo de sua condenação foi “abalar a fé de um muçulmano”.
No momento de sua prisão, foram confiscados em sua casa diversos objetos ligados à sua fé, como a sua Bíblia. O cristão, que é da cidade de Ain Aicha, também foi condenado a pagar uma multa de cinco mil dirhams (o equivalente a 1.354,50 reais).
A divulgação da fé cristã é um crime previsto pelo artigo 220 do Código Penal marroquino, lei que diz ser ilegal impedir uma ou mais pessoas de praticar a religião pela força, violência ou ameaças, segundo o Ministério Portas Abertas. O Marrocos é o 39º país na classificação dos lugares onde há mais perseguição religiosa em todo o mundo.
A punição atribuída a el Baldi foi maior que a prevista pela constituição do Marrocos, segundo a qual a pena máxima para este crime é a reclusão de três a seis meses e multa de 200 a 500 dirhams (de 54,18 a 135,45 reais).
Convertido ao cristianismo há sete anos, Mohamed el Baldi admitiu na audiência que é amigo de dois cristãos norte-americanos, que lhe forneceram materiais para estudo. Além disso, ele confessou ainda ter participado de reuniões cristãs nas cidades de Meknes e Rabat.
Da população do Marrocos, composta por cerca de 33 milhões de pessoas, mais de 99 por cento é muçulmana; o restante é composto predominantemente de cristãos e judeus.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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