Os casos de pedofilia que assombram a Igreja Católica foram admitidos pelo papa emérito Bento XVI, que negou ter acobertado os crimes.
Numa carta enviada ao escritor italiano Piergiorgio Odifreddi, a primeira manifestação pública desde sua renúncia, Bento XVI afirma que os episódios são fonte de tristeza na denominação romana.
“Quanto à sua menção do abuso moral a menores por padres, só posso, como você sabe, admiti-lo com profunda consternação. Mas jamais tentei acobertar essas coisas”, escreveu o papa emérito, segundo informações da agência Reuters.
Essa é a primeira vez que o pontífice aposentado se refere ao tema na primeira pessoa. Os maiores escândalos recentes de abuso sexual dentro da Igreja Católica foram revelados durante o período em que atuou como líder máximo da denominação.
Em todas as vezes que abordou o tema quando Bento XVI ainda estava na ativa, o Vaticano sempre se posicionou de maneira institucional, dizendo que o papa trabalhava de maneira a coibir a prática, e que jamais tentaria acobertar os escândalos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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