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1 de out. de 2012

Renato Vargens crítica “fariseus da modernidade” que são contra férias de pastores: “Não querem pastor, querem escravos”. Leia na íntegra

 

Classificando como “fariseu da modernidade” quem é contra as férias de pastor, o líder da Igreja Cristã da Aliança, pastor Renato Vargens, escreveu sobre a necessidade de férias para os ministros que administram igrejas.

Segundo Vargens, a concepção popular a respeito das funções de pastor são distorcidas e remetem à escravidão: “Lamentavelmente alguns dos evangélicos querem um escravo e não um pastor. Mesmo porque,  este tipo de gente acredita que o pastor tem que trabalhar o tempo todo sem direito a descanso, feriados  ou  lazer. Para os “workaholics” da fé, o pastor deve gastar todo o seu vigor visitando velhinhas ao final da tarde, paparicando marmanjos esquizofrênicos, além é claro de esmerar-se cotidianamente a resolver os problemas dos outros”.

-Esses hipócritas não vivem sem descanso, mas acham um absurdo com que os pastores dediquem parte do seu tempo as suas esposas e filhos num justo e merecido período de férias – crítica o pastor.

Os danos colaterais de uma dedicação desmedida ao ministério são fatos destacados pelo pastor Renato Vargens em seu texto: “Infelizmente em virtude da pressão dessa corja religiosa não são poucos os pastores que perderam seus casamentos e filhos. O número de adolescentes desviados é assustador! Eu tenho um amigo pastor que perdeu o filho para o álcool, simplesmente pelo fato de ter dedicado todo o seu tempo a igreja, abandonando na esquina do esquecimento a família”.

Alguns estudos a respeito do desgaste sofrido por pastores foram realizados e identificaram razões que motivaram líderes a abandonarem seus ministérios. Uma pesquisa realizada pelos institutos Fuller, George Barna e Pastoral Care nos Estados Unidos descobriu que 45,5% dos pastores que participaram do estudo alegaram estarem deprimidos. O jornalista Marcelo Brasileiro publicou na revista Cristianismo Hoje, dados de outro estudo, que aponta que aproximadamente 1,5 mil pastores abandonem o ministério todos os meses devido aos efeitos colaterais da função.

Renato Vargens ressalta em seu texto que uma mudança de cultura é necessária para preservar os ministros: “O que adianta o homem ganhar o mundo e perder os de sua casa? Lamento lhe informar que se você é daqueles que pensa que o pastor não deve tirar férias precisa urgentemente rever seus valores”.

Confira abaixo a íntegra do artigo “Eles não querem um pastor, querem um escravo”, do pastor Renato Vargens:

Outro dia eu escrevi um texto sobre férias pastorais (leia aqui) e por mais incrível que possa parecer um número significativo de pessoas reclamaram considerando um verdadeiro absurdo o pastor tirar férias.

Houve alguns que disseram: “Férias pastorais? Ora, o diabo e os seus demônios não tiram férias e o pastor quer tirar?” Sou contra, bradou o fariseu da modernidade.

Noutra ocasião, um pastor amigo compartilhou que um dos diáconos de sua igreja disse: “Pastor, vamos aproveitar que o senhor está de férias e fazer uma visitinha?”

Caro leitor, lamentavelmente alguns dos evangélicos querem um escravo e não um pastor. Mesmo porque,  este tipo de gente acredita que o pastor tem que trabalhar o tempo todo sem direito a descanso, feriados  ou  lazer. Para os “workaholics” da fé, o pastor deve gastar todo o seu vigor visitando velhinhas ao final da tarde, paparicando marmanjos esquizofrênicos, além é claro de esmerar-se cotidianamente a resolver os problemas dos outros.

Esses hipócritas não vivem sem descanso, mas acham um absurdo com que os pastores dediquem parte do seu tempo as suas esposas e filhos num justo e merecido período de férias.

Infelizmente em virtude da pressão dessa corja religiosa não são poucos os pastores que perderam seus casamentos e filhos. O número de adolescentes desviados é assustador! Eu tenho um amigo pastor que perdeu o filho para o álcool, simplesmente pelo fato de ter dedicado todo o seu tempo a igreja, abandonando na esquina do esquecimento a família.

Prezado amigo,  por favor responda sinceramente: O que adianta o homem ganhar o mundo e perder os de sua casa? Lamento lhe informar que se você é daqueles que pensa que o pastor não deve tirar férias precisa urgentemente rever seus valores.

Como já afirmei anteriormente as férias pastorais são motivos de bênçãos para o ministro e para a igreja.  Sim! Isso mesmo! Para o pastor, que tem a oportunidade de renovar as suas baterias, além obviamente de investir INTEGRALMENTE na sua relação familiar. E para a igreja, que ao receber o pastor de volta o tem com gás novo pronto para um novo ano que se inicia.

Igrejas que incentivam os seus pastores a gozar de férias demonstram amor e consideração por aquele que com dedicação e esmero tem se doado a favor do reino.

Pense nisso!

Renato Vargens

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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