A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas do Senado deve apresentar, em fevereiro, um documento com recomendações para o enfrentamento do problema ao governo federal. A expectativa é da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), relatora da CPI.
Ao fazer um balanço da atuação da comissão neste ano, a Marinor Brito avaliou que o governo brasileiro ainda não está preparado para enfrentar o tráfico de pessoas.
- Ouvimos muitas autoridades viajamos por vários estados brasileiros. O que conseguimos acumular de informações é muito mais do que o governo tem. Muito mais do que o governo usou para fazer seu plano de enfrentamento. Chegamos à conclusão que o Brasil não está preparado e não está se movimentando no sentido de enfrentar o tráfico de pessoas - disse, nesta segunda-feira (5).
Entre propostas que estão sendo analisadas pela CPI, adiantou Marinor, está a criação de um núcleo de enfrentamento ao problema em âmbito federal, com o envolvimento de todos os ministérios; além da busca de parcerias com outros países para a criação de uma rede internacional de combate a esse tipo de crime.
- Se o crime acontece em rede, como combater se não houver uma rede estruturada? - questionou.
Em fevereiro se encerra o prazo de vigência da CPI. Instalada em 27 de abril, a comissão tem como objetivo mapear a situação do tráfico de pessoas no país, tipificar o crime e contribuir para a formulação de políticas públicas e campanhas educativas que inibam esse tipo de delito.
Além de reuniões em Brasília, a comissão tem realizado diligências pelo país para ouvir vítimas, testemunhas, profissionais envolvidos no combate ao tráfico de pessoas e representantes de órgãos governamentais. A CPI já passou por cidades como Manaus, Salvador, Belém e Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Senado
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