A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) instalou ontem (30) o Comitê de Diversidade Religiosa cujo objetivo é facilitar o diálogo entre as religiões e entre os crentes e descrentes. A primeira campanha do comitê, lançada na mesma oportunidade, é “Democracia, Paz, Religião – Respeite”.
A monja budista Coen de Souza comentou que a intolerância religiosa no Brasil é pequena em relação a outros países, mas ainda assim ela acha a importante a existência do comitê para evitar “problemas com a diversidade” no futuro.
O relacionamento mais tenso tem sido entre as igrejas evangélicas e as de afrodescendentes. Mas já houve, contudo, épocas piores.
No momento, os atritos mais visíveis ocorrem no meio evangélico, com o ataque do bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal, contra as igrejas que promovem o “cai, cai” [exorcismo que derruba as pessoas].
Também tem havido troca de farpas entre Universal e Mundial e entre a Assembleia de Deus do Silas Malafaia e a Universal. Essas farpas, contudo, ocorrem somente entre os líderes, sem envolvimento dos fiéis.
Os muçulmanos vão aproveitar o comitê para desfazer a imagem de que são extremados, tentando passar para a opinião pública que nada têm a ver com os fundamentalistas do Corão.
Marcelo Salahuddin, do Centro Islâmico do Brasil, um dos líderes religiosos que estiveram presentes no ato do lançamento do comitê, disse que agora os muçulmanos brasileiros vão ter uma chance de mostrar que estão abertos ao diálogo.
Com informação e foto da Agência Brasil / via Paulopes
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